Inovação nas Empresas Brasileiras: Conflito de Percepções

Um novo estudo da Aevo Inventta divulgado esta semana pela IT World revela algo interessante que eu gostaria de comentar aqui.

Existe um aparente conflito de percepções entre quem se propõe a prover meios para a inovação através de produtos e serviços (oferta) e quem efetivamente inova (demanda).

…enquanto 48% das empresas se consideram inovadoras, apenas 19% são reconhecidas como tal pelo mercado.

É curioso constatar que apesar de valorizarem a inovação, apenas 23% das empresas afirmam dar condições para o engajamento de colaboradores nesse processo. Invertendo a lógica, 77% dos colaboradores dependem de seus próprios meios e iniciativas para inovar na empresa. Isto motiva ou não o indivíduo?

Na minha opinião, só o “reconhecimento” não basta.

Apenas 29% dessas empresa afirmam utilizar startups de mercado para impulsionar a inovação. Pouco. Apenas 23% consideram aderir ao open inovation. Pouco.

Nenhuma organização consegue ter dentro de casa todo o conhecimento, ativos e competências para inovar. Estar aberto à colaboração é a chave para inovar de forma sustentável. Isso permite a integração de conhecimento, participação em ecossistemas, além facilitar a inserção no negócio de competências e infraestruturas que já existem.

Luís Felipe Carvalho, CEO da AEVO

Sim. Isto ficou claro com o resultado da pesquisa. Não há como inovar sem o investimento direto em ativos e conhecimento, estejam eles dentro ou fora da organização.

E o mais importante: “…a inserção no negócio de competências e infraestruturas que já existem“. Se as equipes internas não têm tempo para se dedicar a novos projetos, sofrem com burnout ou não têm ferramentas disponíveis; a integração com startups pode ser muito benéfico. Pode ser “o impulso que faltava” para a decolagem da inovação em processos ou até na empresa como um todo.

Compartilhamos esta visão na OMN. Através da tecnologia e da inovação criamos um novo canal de vendas B2B para empresas produtoras de bens de consumo. Sua implementação nos clientes foi desenhada de forma a encurtar ao máximo os tempos e achatar a curva de aprendizagem, permitindo a adoção rápida da solução na empresa. Em poucos dias a gestão comercial começa a perceber a agilidade no novo processo e os resultados afloram naturalmente nas vendas.