Recentemente iniciei uma conversa com o pessoal da Snapbot para avaliar uma solução de chatbot.
As demandas imediatas eram estas:
- Permitir o atendimento 24/7 de prospects via Whatsapp, deixando o lead quente até o melhor momento para o atendimento humano
- Dar respostas imediatas aos prospects que buscam apenas sanar dúvidas simples
- Canalizar clientes ativos para o atendimento manual, basicamente furando a fila de atendimento
Além do benefício principal esperado de qualquer solução de chatbot: um primeiro atendimento planejado, padronizado e controlado que visa ajudar a empresa no processo de conversão de leads.
O desafio maior é dar tratamento aos leads quentes de consumidores que exigem mais informações e interações com a empresa antes de fechar negócio.
Estes sempre irão transbordar para o atendimento manual, humano, no Whatsapp. O que não deveria ser um problema, pois a equipe comercial está sempre de prontidão aguardando este tipo contato.
O problema está na fila de atendimento — aliás, este é o problema mais clássico de qualquer operação de atendimento, seja via telefone, via web ou até mesmo pessoalmente na loja física. Gerenciar tempos de espera e ansiedades.
É possível mitigar este problema usando uma solução de chatbot que vá um pouco além da parte operacional de interação com o prospect.
Se o chatbot conseguir separar leads de outros tipos de contatos e, depois, pré-qualificar cada um deles de forma a gerar uma fila inteligente de atendimento, a equipe comercial teria diante de si o nirvana, ou seja, o trabalho de apenas “tirar pedidos”, converter vendas relativamente mais fáceis.
O desafio está na pré-qualificação automática do lead.
Para viabilizar esse processo, a solução de chatbot precisaria incorporar o conceito de scoring de contato.
Cada passo dentro da árvore/fluxo de atendimento do chatbot deveria somar pontos para aquele contato.
Conforme a fila de atendimento se movimentasse, seria formado um ranking de contatos baseado no score acumulado.
Neste contexto, score = pré-qualificação.
A equipe comercial teria apenas o trabalho selecionar contatos com base neste ranking e prosseguir com o atendimento.
O mesmo ranking permitiria a segmentação de contatos e definição de abordagens comerciais específicas. Este tipo trabalho, quando bem feito, pode chegar até o nível de script de atendimento. E mais, pode destravar condições especiais de negociação, descontos etc.
Exemplo
Neste simples fluxo de atendimento de uma loja de veículos usados — empresa fictícia, claro — o chatbot faz perguntas para pré-qualificar o contato do José Carlos.
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Depois da saudação, o chatbot pergunta o nome do contato e inicia a interação com perguntas cujas respostas trazem em si uma pontuação pré-definida.
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A pontuação leva em conta os objetivos da área comercial. Neste caso, a venda de carros seminovos é mais interessante do que a venda de usados ou de motos usadas. Em princípio, a margem de lucro é maior.
José Carlos responde com 1. Neste momento seu contato ganha 50 pontos e já o coloca na fila de atendimento da equipe de seminovos através de uma etiqueta.
Neste ponto, se o contato abandonar a conversa, a equipe de seminovos já terá condições de entrar em contato com José Carlos numa futura campanha ativa.
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Agora o chatbot verifica um ponto muito importante de pré-qualificação para a empresa: a forma de pagamento.
A empresa entende que se o prospect já sabe como quer pagar, há grandes chances do lead ser quente.
Ao devolver a opção 2, José Carlos ganha 20 pontos. Uma negociação com entrada + financiamento só não é tão boa quanto um pagamento à vista.
Pagamentos à vista são tão bons — e raros — que ganham a pontuação máxima e ainda levam uma etiqueta “gerência” para chamar a atenção do gerente da loja. Leads assim têm um enorme potencial de geração de caixa para a empresa, pois o interessado tem o dinheiro na mão.
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O passo seguinte é o último que gera pontuação de pré-qualificação. Nele, José Carlos indica que pretende fazer a entrada através de uma transferência bancária, ou seja, um grande negócio para a empresa pois a livra das taxas do cartão de crédito. Neste caso, a pontuação é maior pois o lead representa bom negócio do ponto de vista de geração de caixa para a empresa.
Os passos seguintes não geram pontuação. A empresa entende que, daqui em diante, o setor de seminovos pode diferenciar José Carlos com 120 pontos do Antônio com 90 pontos.
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Entrarão em contato com José Carlos para uma conversa assim que possível.
Quer saber mais sobre scoring? Veja este post:
https://rockcontent.com/br/blog/lead-scoring/