Um ensaio sobre a amizade

autor desconhecido

Um jovem recém-casado estava sentado num sofá, num dia quente e úmido, bebericando chá gelado, durante uma visita ao seu pai. Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades da vida, as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho.

Nunca se esqueça de seus amigos! – aconselhou. SerĂŁo mais importantes Ă  medida que vocĂŞ envelhecer. Independentemente do quanto vocĂŞ ame sua famĂ­lia, os filhos que porventura venham a ter, vocĂŞ sempre precisará de amigos..

Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles; faça coisas com eles; telefone para eles…

Que estranho conselho! (Pensou o jovem). Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza, minha esposa e a famĂ­lia que iniciaremos serĂŁo tudo de que necessito para dar sentido Ă  minha vida!

Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e anualmente aumentava o número de amigos. À medida que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava. À medida que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e seus mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida.

Passados 50 anos, eis o que aprendi:

  • O Tempo passa.
  • A vida acontece.
  • A distância separa..
  • As crianças crescem.
  • Os empregos vĂŁo e vĂŞm.
  • O amor fica mais frouxo.
  • As pessoas nĂŁo fazem o que deveriam fazer.
  • O coração se rompe.
  • Os pais morrem.
  • Os colegas esquecem os favores.
  • As carreiras terminam.

Os filhos seguem a sua vida como vocĂŞ tĂŁo bem ensinou.

MAS… os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre vocês.

Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, e abençoando sua vida!

E quando a velhice chega, não existe papo mais gostoso do que o dos velhos amigos… As histórias e recordações dos tempos vividos juntos, das viagens, das férias, das noitadas, das paqueras… Ah!!! tempo bom que não volta mais… Não volta, mas pode ser lembrado numa boa conversa debaixo da sombra de uma árvore, deitado na rede de uma varanda confortável ou à mesa de um restaurante, regada a um bom vinho, não com um desconhecido, mas com os velhos amigos.

Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, nĂŁo sabĂ­amos das incrĂ­veis alegrias ou tristezas que estavam adiante, nem sabĂ­amos o quanto precisarĂ­amos uns dos outros.