Numa conversa rápida hoje com um amigo que é CEO em uma empresa de serviços aqui em São Paulo fiquei sabendo de algo estarrecedor.
Sua única queixa é o desânimo geral dos funcionários com o retorno ao escritório. Depois de quase um ano e meio em casa e com raras idas ao escritório, fez questão de organizar um café da manhã para todos no open space da sede da empresa. Era a oportunidade perfeita para todos se ressocializarem.
Porém, o que ele percebeu foi: cabeças baixas, silêncio, olhares fixos na parede ou no teto em busca de algo que não estava lá. Procurou puxar conversa com todos! Mas as respostas foram todas monossilábicas. Nenhum sorriso, piadinha ou coisa parecida.
A empresa vai muito bem, obrigado. Não quis entrar em detalhes, claro, mas me pareceu que 2020 foi um ano bom apesar da pandemia e das restrições. Nenhum funcionário faleceu, o que é uma boa notícia.
Por que será que os funcionários estão tão desanimados com o retorno? É só tristeza ou insatisfação? Melancolia ou desapontamento?
Só o tempo dirá.
Horas depois assisti o vídeo de uma entrevista com o CEO da JPMorgan, Jamie Dimon (2017). Ele comenta sobre a importância da interação nas reuniões internas. Segundo ele, as pessoas devem se falar intensamente. Todos precisam procurar falar com todos. Homens precisam falar com as mulheres e vice-versa. Só não vale fazer bullying, politicagem ou sexismo. Quem fizer é demitido. Simples assim.
10 de setembro de 2021, encontro este artigo
20 de setembro de 2021, encontro esta tirinha do Dilbert
Foto do Damir Samatkulov no Unsplash
13 de março de 2022, acho esta reportagem sobre o CEO que convocou os funcionários a irem ao escritório e apenas metade apareceu