Olavo comenta sobre Richard Burton, geógrafo que lia muitos livros ao mesmo tempo.
Olavo lia 10 livros ao mesmo tempo.
Lia com um lápis na mão para fazer anotações no próprio livo. Porém, gostava de conservar seus livros.
Seus autores preferidos:
- Dante
- Shakespeare
- Camões
- Virgílio
- Manuel Bandeira (Olavo o relia quase completo todos os anos)
- Alphonsus de Guimaraens Filho
- Bruno Tolentino
- Drummond
- Augusto Maia
Lacombe gosta do poeta Gilberto Mendonça Teles.
Na ficção:
- Dostoiévski
- Jakob Wassermann e seu “O Processo Maurizius” (Der Fall Maurizius, 1928)
Machado de Assis é um dos 10 maiores romancistas da história mundial.
Como prodígios, cita Mário Ferreira dos Santos.
Edmund Husserl e os livros escritos por seu secretário Eugen Fink. Comenta que nem sempre o intelectual tem tempo para produzir da forma como gostaria, com o “acabamento” adequado para a obra. Os discípulos e ajudantes são fundamentais para qualquer autor.
“Inteligência é a capacidade de perceber a verdade”, diz Olavo — todos nós temos capacidade de desenvolver essa inteligência, mas não sabemos como. Olavo tinha como objetivo ajudar seus alunos neste difícil processo.
Olavo, em suas próprias palavras, “amava loucamente” os grandes autores por tudo o que eles e suas palavras fizeram por ele. Menciona Goethe em adição aos já citados antes no início da entrevista.
Sonetos de Shakespeare, por exemplo, apresentam muitas nuances de sentimentos em apenas 5 palavras. Para Olavo, se ele fosse descobrir o mundo por conta própria, sem esses autores, precisaria viver mil anos. Os autores aceleraram o processo de descoberta do mundo através de suas obras. Eles abrem a nossa percepção e a nossa intuição para o que está no mundo.
Cita Cervantes e seu Don Quixote: “Yo sé quien soy”. Sei quem sou e meu lugar no mundo. Reconhece humildemente suas limitações.
Outros intelectuais notáveis que merecem mais atenção do povo brasileiro: Mário Ferreira dos Santos e Oliveira Lima.
Santo Agostinho nos ensinou sobre o “amor ao próximo”.
D. João VI inventou o Brasil. Trouxe tudo que era relevante para o país, mas nunca foi valorizado.
Mário Ferreira dos Santos tem grande domínio do vocabulário filosófico. Olavo fez o possível para tentar imitá-lo.
João de São Tomás, filósofo Português que inventou a semiótica no século 16. “Maior do que Descartes e Bacon.”
Paulo Coelho é um fenômeno mercadológico e propagandístico.
Figuras que o Olavo conheceu na década de 1980 quando se mudou para o Rio de Janeiro:
Escritores contemporâneos que Olavo lia com muito prazer:
- Yuri Vieira (ex aluno do Olavo)
- Ronald Robson (ex-aluno também), escreveu “Conhecimento por Presença”
Jakob Wassermann, “Minha vida como alemão e como judeu”. Leitura importante para quem tem ancestrais alemães. Recomendação do Olavo para o Lacombe.
Hitler era um “inteligente caipira”.
Olavo nada ensinou a seus filhos. Nem português, nem matemática, apenas ensinou-os a serem “bons e sinceros”. São pessoas felizes e muito boas.
Lacombe: “Monteiro Lobato virou racista”.
Olavo nunca leu nada de literatura infantil. Ignorou tudo. Exceção: John Alexander Hunter, “O Caçador”.
Porém, ele leu na integralidade a literatura adulta de Monteiro Lobato. Foi “um dominador da lingua portuguesa como raramente houve.”
Crítico italiano Grieco, grande erudição e dominador absoluto da língua portuguesa. Não é necessário ser brasileiro para se interessar em dominar o idioma, que é tão rico e versátil para quem escreve.
Olavo reforça: “Não deixem de ler ‘A Ação Humana‘ do Von Mises”.
Recomendações finais. Livros importantes para qualquer pessoa.
- “A nova ciência da política” – Eric Voegelin
- “A Religião Civil do Estado Moderno” – Nelson Lehmann da Silva
- “A vida intelectual” – Padre Antonin-Gilbert Sertillanges