Eis que alguém resolveu fazer uma boa pergunta no grupo do WhatsApp:
“Se a mídia distorce tanto os fatos, como se manter minimamente informado?”
Minha resposta foi: cortar os intermediários. Cortar o middleman, o intermediário, aquele que está entre você a origem do fato, aquele que está no meio do caminho: a mídia.
E como se faz isso de forma prática?
Tendo acesso a fontes primárias.
Fonte primária é aquela que origina o fato e dá a ele informações descritivas e contextuais.
O que, quem, como, quando e por que.
A forma mais fácil de receber informações de fontes primárias é segui-las nas redes sociais. Assim você fica sabendo de primeira mão — no mesmo tempo que a mídia, e antes de todo mundo que depende dela para se informar — o que está acontecendo.
Minha rede social de preferência para esse tipo de canal de informação é o Twitter. Por que? Porque nele há uma limitação natural de espaço — são apenas 280 caracteres por mensagem — então quem se comunica precisa resumir a mensagem ao necessário e nada mais.
Essa gota de informação é a gênese para tudo que virá dali em diante. Mas é tudo que você precisa saber para poder analisar e, principalmente, filtrar o que surgirá depois na mídia.
Imagino que uma pessoa não precise seguir mais do que 30 fontes primárias para estar minimamente informado.
Eu começaria de cima. Presidente da república, principais ministros, senadores e deputados em quem votei, governador de estado, prefeito e até o vereador. É bom também seguir os opositores naturais a cada um deles. É bom ter o “outro lado da moeda”.
Depois, do lado profissional, seguiria a empresa onde trabalho, seus principais concorrentes e clientes. Seguiria também profissionais de destaque na minha área, os thought leaders.
Do lado pessoal, as principais marcas que habitam meu dia a dia e que são relevantes para meus hobbies e atividades. Olhando um pouco mais para frente, seguiria perfis de personalidades e organizações que me ajudam na manutenção da minha visão de mundo e na confirmação das minhas aspirações pessoais. Seguiria também amigos e parentes.
Por fim, os formadores de opinião, jornalistas, na sua maioria. Não precisa que sejam muitos. Eu gosto de ir seguindo em pares. Sigo um cujas opiniões coincidem com as minhas, depois sigo outro que vai na linha contrária.
Com essa lista assim é possível ter uma visão muito mais clara do que acontece no dia a dia sem a toxidade da mídia. Será que ficamos abaixo dos 30 nomes? Precisamos de mais? Ou de menos?