Fato: passamos mais tempo em atividades online do que presenciais.
Da mesma forma que mudamos de atitude quando saímos de casa para enfrentar a realidade do mundo “nas ruas”, devemos diferenciar nossa vida “digital” da analógica.
Um “cidadão digital” precisa conhecer minimamente os tópicos abaixo para exercer sua cidadania de forma satisfatória e segura.
- DNS – é o “sistema de nomes” da Internet. No mundo real seria um tipo de mapa da Internet com endereços de ruas, avenidas e parques. Um servidor de DNS ajuda o seu computador ou celular a chegar até o facebook.com. Quando alguém age de má fé sobre um serviço de DNS, pode enganar pessoas e conduzi-las a endereços fraudados, por exemplo.
- VPN – preserva a privacidade do usuário de internet ao dificultar a identificação do seu endereço IP. Seria como aquela película escura colocada nos vidros do carro. Você entra no carro, fecha as janelas e sai da garagem. Em todo o seu percurso você poderá visitar locais, passear por ruas e avenidas sem que descubram quem você é.
- Certificado digital – identifica o cidadão e permite a assinatura digital de documentos. Funciona como um documento de identidade com foto junto com um policial a tiracolo. Seria como chegar a um evento junto com um policial e ao invés de você apresentar o seu documento de identidade, o policial o faria por você e ainda reforçaria: “Este documento é original. Pode confiar na identidade deste cidadão.”
- Compartilhamento de arquivos e mensagens – é a principal atividade do cidadão digital. Apesar da facilidade e da praticidade de aplicativos como o Whatsapp, é importante que o cidadão conheça e consiga operar várias formas de comunicação e troca de arquivos em meio digital. Saber usar apenas o Whatsapp — um exemplo qualquer — seria como saber pedalar apenas um tipo de bicicleta, ou cozinhar apenas usando uma faca.
- Criptografia – proteção a dados pessoais e privacidade em geral. Um dos recursos mais valiosos da vida digital, porém, um dos menos compreendidos. Criptografia equivale ao armazenamento de objetos em gavetas e cofres com chave. Quem não tem a chave, não tem acesso ao conteúdo, aliás, não tem sequer conhecimento sobre o conteúdo do baú ou gaveta. Podemos aplicar a mesma analogia à nossa casa, nosso quarto, nosso gaveteiro etc. Qualquer ambiente fechado com chave representa, de certa maneira, a criptografia para quem olha “de fora” sem a devida chave.
- Gestão de senhas – uso de aplicativos que controlam as várias senhas usadas no dia a dia pelo usuário de serviços online. É semelhante ao seu chaveiro que carrega as chaves do gaveteiro, do quarto, da casa, da porta da garagem, do carro e assim por diante.
Juntando todos esse elementos no dia a dia do cidadão, teríamos o seguinte:
João acorda de manhã, pega chaveiro (gestão de senhas) e destranca a gaveta que guarda a escritura do imóvel onde mora (criptografia). Abre a porta de casa, sai, fecha a porta e tranca (gestão de senhas e criptografia). Vai até a garagem entra no carro e sobe os vidros que têm aquela película escura (VPN). Consulta o mapa da cidade para saber onde fica o cartório central (DNS). Imagina a melhor rota para chegar lá. Dirige com os vidros fechados durante toda a viagem (VPN). Chegando no cartório, entrega seu documento de identidade a um funcionário na recepção, ele verifica se o documento é verdadeiro e válido (certificado digital). João finalmente assina os documentos sob o olhar o tabelião (chaveiro, criptografia e certificado digital).
Revisões
7 de setembro de 2022
24 de março de 2021
15 de março de 2021