Esqueça os palpites do dia a dia. Esqueça aquele colega com quem você conversa 2 vezes por ano para pedir dicas sobre o mercado financeiro. Os desafios exigem muito mais atenção.
Romeo Deon Busarello, o visionário que guiou a Tecnisa em diversas transformações digitais muito antes do smartfone e das redes sociais, resolveu contratar uma professora de “masculinidade tóxica” para ajudar-lhe com o que ele classificou como uma “regeneração”.
Correntes ideológicas à parte e sem fazer qualquer juízo de valor sobre o tema escolhido para a tal “regeneração”, a ideia de ser ter um professor fora da escola é genial.
Por quê?
Porque com o excesso de informação, documentos, cursos etc., principalmente na Internet, criamos uma falsa crença em torno do autoaprendizado. Ele é possível, claro, mas é difícil, principalmente para quem não exercitou esse tipo de atividade ao longo da vida estudantil.
Se você não se considera uma pessoa autodidata: pior.
O professor — ou a professora, tanto faz — se for realmente profissional e gostar do que faz, levará você pelo caminho da aprendizagem rumo ao conhecimento. Avisará sobre falsos atalhos e armadilhas. Comemorará com você as conquistas, e o acalentará nos momentos de dificuldade quando os conceitos cismam em não entrar na nossa cabeça.
Atingidos os objetivos, o professor sai de cena e você terá a chance de caminhar sozinho, possivelmente desbravando novas trilhas de aprendizagem usando as ferramentas construídas junto com o professor.
O afastamento nunca é definitivo ou total. O professor será sempre uma referência para você não somente no conteúdo em si, mas no processo de transformação pessoal onde ele teve um papel importante. Talvez isso motive você ao ponto de tornar-lhe um professor de alguém, algum dia.
Que professor você contrataria hoje? Professor de quê você será amanhã?
Venho me refundando como profissional. Em 2016, contratei uma professora de masculinidade tóxica para fazer uma regeneração, porque faço parte de uma geração de homens babacas criados com vieses inconscientes, com preconceitos… Se eu não tiver essa consciência ampliada, não consigo mais liderar pessoas
Romeo Deon Busarello
Entrevista publicada em https://www.projetodraft.com/romeo-busarello/